quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Conversas d'Ouvido com Edgar Parobé


O cantor e compositor Edgar Parobé é o mais recente convidado das "Conversas d'Ouvido". Músico brasileiro que estabelece um encontro entre sonoridades reggae, soul, rock e bossa nova. Nesta descontraída conversa, falou-nos entre outras coisas sobre a sua admiração por Janis Joplin, Ozzy Osbourne e Elza Soares, no entanto para conhecerem melhor Edgar Parobé, não podem perder esta edição das "Conversas d'Ouvido"... 


Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Edgar Parobé: Olá Ouvido Alternativo, é muito bom estar aqui falando um pouco sobre o meu trabalho com vocês, obrigado. 
A música está presente na minha vida desde os primeiros anos de idade, cresci numa família em que se ouvia muita música, quando era criança. Ainda nos anos 80 ganhei o meu primeiro rádio e nunca mais parei de ouvir música, não sei exatamente como surgiu. As primeiras composições apareceram quando tinha 10 anos de idade. De alguma forma nasci ligado à música, acho que foi ela quem me escolheu.

Para além da música, t que tocasse no vossomavamstiram que tocasse no teusosavas ariasens mais alguma grande paixão?
Amigos, familiares, a minha mãe, essas pessoas que estão comigo há algum tempo têm um lugar especial no meu coração.

Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
Não vejo desvantagem na vida de um músico. Toda a profissão apresenta os seus obstáculos e as suas dificuldades, com a música não é diferente, mas nós aprendemos e crescemos com essas dificuldades. É preciso manteres-te atento às coisas boas, é o que nos encoraja para seguir em frente.

Quais as tuas maiores influências musicais?
Black Sabbath, Janis Joplin, Amy Winehouse, gosto de coisas tipo Ella Fitzgerald, Midnite e Tim Maia, por exemplo. Sou eclético, as minhas influências são diversas, toda a música boa me influencia e me inspira de alguma maneira.

Como preferes ouvir música? CD, Vinil, K-7, Streaming, leitor mp3?
Depende da situação, em casa por exemplo ouço Vinil e Streaming, alguns CD’s também, quando estou fora carrego mp3 em algum dispositivo ou telemóvel.

O streaming está a “matar” ou a “salvar” a música?
Não há como competir com a tecnologia, o streaming é a nova FM. O acesso rápido a diversos artistas acredito que está a facilitar não somente a distribuição da música como também aumenta as chances do público de  conhecer novos artistas.

Qual o disco da tua vida?
Existem vários, vou citar dois que foram significantes em momentos da minha vida: o “Paranoid” dos Black Sabbath e o “​I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama!” da espetacular Janis Joplin.

Qual o último disco que te deixou maravilhados?
Foi uma coletânea em vinil dos anos 70 chamada “Hórus”, lançada aqui no Brasil pelo Dj Big Boy, um famoso locutor de FM da época. A compilação tem excelentes bandas, uma sonoridade hippie cheia de psicadelismo que mistura Soul, Funk Music e Rock'n'Roll. O disco tem bandas como Doctor Marigold’s Prescription, Celebrity Four e The Visitor, é só pedrada! Deixa-te contagiado do início ao fim. 

O que andas a ouvir de momento/Qual a tua mais recente descoberta musical?
Atualmente tenho ouvido bastante Midnite, Erykah Badu e algumas bandas brasileiras como Ponto de Equilibrio, CBJr e O Rappa.

Qual a situação mais embaraçosa que já te aconteceu num concerto?
Já me aconteceu apanhar um choque no microfone, choveu e eu estava molhado, não foi nada bom, tive que continuar o show com uma camiseta enrolada ao microfone para evitar outras descargas elétricas.

Que músico/banda já te desiludiu a nível musical/ou em concerto ao vivo?
Nunca passei por tal situação, deve ser muito desagradável esperar por um concerto e o nosso artista favorito não se sair bem.

Com que músico gostarias de efectuar um dueto/parceria?
Ozzy Osbourne, sem dúvida, sou muito fã desse cara.

Para quem gostarias de abrir um concerto?
Admiro o trabalho de muita gente, é difícil escolher, gosto de compartilhar música seja com quem for. 

Em que palco (nacional ou internacional) gostarias um dia de actuar?
Os palcos do Rock In Rio e Lollapalooza parecem-me inspiradores.

Qual o melhor concerto a que já assististe?
Rolling Stones foi fantástico!

Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?
Gostaria de assistir ao show da Elza Soares, a mulher do fim do mundo, farei assim que tiver oportunidade, ela é fantástica, uma das 100 maiores vozes da música brasileira.

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de teres nascido) em que gostavas de ter estado presente?
 Woodstock! O que aconteceu lá foi doido de mais, gostaria de ter estado lá.

Qual o teu guilty pleasure musical?
Sou um consumidor de música de quase todo os estilos, então além das sonoridades que acabam por formar a minha identidade musical, acabo por escutar um pouco de tudo. Penso que se estou interessado por algum artista é sinal que tenho algo a aprender com ele. Se você quer jogar, é preciso conhecer o jogo, conhecer o que está tocando mesmo que fuja um pouco do seu gosto pessoal, faz parte.

Projectos para o futuro?
Muitos projetos, estamos sempre de olho no futuro, posso adiantar que já estou a trabalhar novos temas e bastante empolgado com a direção que o trabalho está tomando. De momento não posso falar muito mais sobre isso, há muito por fazer, temos muita arte para mostrar.

Que pergunta gostarias que te fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta.
As perguntas corretas, chegam na hora certa.

Que música gostarias que tocasse no teu funeral?
"Kosmic Blues" da Joplin, “Times keeps movin’ on”…

Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.

Terminamos esta entrevista ao som do seu mais recente single, "Gaiah".

Sem comentários:

Enviar um comentário