sábado, 12 de setembro de 2015

Twin Shadow - "Eclipse" - Review


Artista - Twin Shadow
Álbum - Eclipse
Crítica - 5/10 (cinco em dez)

George Lewis Jr., mais conhecido pelo nome artístico de Twin Shadow, cantor, compositor e produtor americano, de origem dominicana, causou furor com os seus dois LP's editados anteriormente Forget (2010) e Confess (2012), e regressou este ano com o terceiro disco Eclipse. Twin Shadow, afirmou que sentia que a sua música era demasiado elitista e queria aproximar a sua música do público em geral e assim nasceu Eclipse. Contudo, na nossa opinião a vontade de mudar originou um álbum que está longe de surpreender, Eclipse é sem sombra de dúvidas o pior disco que nos apresentou até à data, disco perfeitamente dispensável, monótono e inconsequente e que por isso mesmo recebe nota suficiente.
Eclipse, é o seu primeiro disco com um carimbo de uma editora "major", neste caso concreto a Warner Bros., e isso poderá ser a principal razão de estarmos perante um disco que não nos impressionou, apesar de voltar a ser produzido pelo próprio George Lewis JR. O terceiro longa duração tem menos electrónica, menos rock, mas muito mais pop, não é que haja algum mal nisso, só que Twin Sahdow quis ser pop mas percebeu-se no caminho. O arranque é feito ao som de "Flatiners", que não é de todo uma má canção, é um dos momentos mais inspirados do disco, é pop sem dúvida mas de boa qualidade, e onde se nota um certo soul na voz de George que nos agrada imenso. No entanto o entusiasmo desvanece com as faixas que se seguem: "When The Lights Turn Out" e  "Top the Top", nem a colaboração com Lily Elise em "Alone" encanta. A faixa que dá título ao disco volta a subir ligeiramente a fasquia e nota-se aqui uma composição mais elaborada, segue-se "Turn Me Up", que não é de todo brilhante mas é uma das melhores músicas do disco, capaz de se tornar um hit pop, aqui a electrónica de fundo volta a ser interessante e relembra-nos, porque já nos tínhamos esquecido, que estamos perante um disco de Twin Shadow. Disco recheado de altos (não muito altos) e baixos, "I'm Ready" volta a baixar a fasquia, que sobe ligeiramente com a pop electrónica dançável de "Old Love/New Love" que conta com a colaboração do produtor D'Angelo Lacy. "Half Life" e "Loocked and Loaded" que encerra o disco são mais duas músicas desinspiradas, no entanto entre elas existe "Watch Me Go", e aqui a electrónica e rock fundem-se com algum brilhantismo, a melhor música de Eclipse para o ouvido alternativo, e merece ser escutada em repeat. O balanço é um disco mediano que marca uma classificação a condizer 5/10, esperamos que o sucessor de Confess seja apenas um disco menos conseguido de Twin Shadow e que Eclipse não marque uma nova tendência, na sua carreira que nos havia fascinado até aqui.

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