Artista - Francisco Sales
Álbum - Valediction
Crítica - 8/10 (oito em dez)
Francisco Sales, gravou o ano passado, o seu debut, que foi editado em Fevereiro deste ano e marca o início de uma promissora carreira a solo. Valediction foi gravado em Londres nos estúdios Livingston e assume-se como um belíssimo disco de estreia, de um artista em ascensão. O primeiro single, dá título ao disco e é a porta de entrada perfeita para sua música.
Guitarrista português, sediado em Londres que actualmente se encontra em grande destaque a nível internacional, tendo já tocado com nomes de referência como Chaka Khan. O seu talento não passou despercebido e despertou o interesse e atenção de João Caetano (músico português muito apreciado pelo ouvido alternativo) e Jean-Paul "Bluey" Maunick, membro e fundador da mítica banda inglesa de Acid-Jazz, Incognito, que o convidou a integrar a banda e com a qual tem pisado alguns palcos impressionantes, no entanto, hoje centramo-nos no início da sua carreira a solo. O disco é constituído por nove canções, onde a guitarra se assume como o centro e ao seu redor surgem aqui e ali apontamentos de percussão. Valediction, transporta-nos para uma sonoridade que nos envolve e nos cativa à medida que Francisco Sales vai dedilhando melodias que compõem a banda sonora perfeita para um fim de tarde outonal ou para acompanhar um belo jantar. Destacamos os efeitos incríveis que extraí através da combinação dos seus pedais em tempo real com os seus dotes de guitarrista. Embora o disco não tenha momentos negativos, os momentos altos do disco são "Volúpia", "Valediction", "Fall" e "Spiral". Valediction, é um auspicioso disco, que vagueia entre o jazz e a música do mundo, incorporado num ambiente acústico, revestido de forte carga cinematográfica, que merece ser ouvido e apreciado com toda a atenção. O ouvido alternativo assume que Francisco Sales é um nome a fixar no panorama musical nacional.
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