quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Conversas d'Ouvido com Soul Brothers Empire

Os Soul Brothers Empire são mais que uma banda, uma  autêntica irmandade que percorre os caminhos do rock e do reggae e que desponta em Proença-a-Nova. Compostos por Gil Henriques (voz, guitarra), Cláudio Mendes (bateria), Joka (guitarra ritmo) e Pedro Martins (baixo), os Soul Brothers Empire são os mais recentes convidados das "Conversas d'Ouvido". Este ano preparam-se para editar novíssimo EP com o carimbo da "Music in My Soul", antes disso ficamos a conhecê-los um pouco melhor...

Ouvido Alternativo: Como surgiu o nome Soul Brothers Empire?
Gil Henriques (GH)- Eu e o guitarrista ritmo (Joka) tínhamos um projecto anterior e tínhamos um tema nosso preferido que dava pelo nome “Soul Brothers”. Quando decidimos arrancar com este projecto pegámos no nome do tema para dar nome ao projecto acrescentando o “Empire”. Pois nós vemos isto como se fosse o nosso império. E ainda hoje tocamos esse tema.

Como surgiu a paixão pela música?
GH- Quando tinha 5 anos o meu avô ofereceu-me uma pequena guitarra clássica. Desde aí que sempre quis aprender a tocar. Apesar de aprender a tocar anos depois, fui sempre fazendo barulho com a tal guitarra em frente ao espelho.
Joka (J)- A minha paixão pela música surgiu de uma forma muito natural. Desde muito novo que me lembro do meu pai a tocar instrumentos de teclas e guitarra lá em casa. Desde cedo que me lembro de agarrar na guitarra e no órgão que o meu pai tinha em casa e começar a fazer barulho... até que apareceu o gosto pela guitarra e não descansei até que os meus pais me dessem uma.

Para além da música, t que tocasse no vossomavamstiram que tocasse no teusosavas ariasêm mais alguma grande paixão?
GH- Para além da música também sou perdido por cinema. Papo filmes como se não houvesse amanhã. E futebol!
J- Adoro praticar Judo.

Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
GH- A maior desvantagem é ser uma vida inconstante, pois nunca podemos contar com um ordenado fixo e isso leva muitas vezes a fazer contas para isto e para aquilo. A maior vantagem é fazer-se o que realmente gosta. Quem corre por gosto… não cansa!
J- As vantagens são mais que muitas, mas a principal é poder mostrar a quem te acompanha, a quem está curioso por te ouvir pela primeira vez, a tua música, conseguir em cima do palco mostrar aquilo que é feito com muito amor e alma na garagem com os teus manos... e sinceramente não há melhor sensação após tocar um tema, veres que as pessoas estão a curtir, estão a cantar aquilo que tu fazes, aquilo que tu tocas, enche a alma a qualquer um de nós. Bem, desvantagens são tantas..

Quais as vossas maiores influências musicais?
GH- Eu tenho duas bandas que são as minhas fontes de inspiração: No Doubt  e Sublime!
J- Bob Marley, Rebelution, Sublime, SOJA, Offspring, Pennywise... tantas e tantas

Como preferem ouvir música? CD, Vinil, K-7, Streaming, leitor mp3?
GH- Eu sempre preferi o CD. Acho que há uma maior envolvência com o projecto e com a mensagem. Sabe bem ver o livrinho com as letras. Cria-se mais empatia. Posso parecer dinossauro mas sempre preferi esse formato.
J- CD, Vinil.

O streaming está a “matar” ou a “salvar” a música?
GH- Na minha opinião o “streaming” é muito bom… mas também muito mau. Porque hoje em dia é facílimo descobrir-se novas bandas e projectos, e como a oferta é tanta, acho que as pessoas acabam por não dar o devido valor a bons projectos que existam. No entanto, o “streaming” é óptimo na medida em que toda a gente tem acesso, e é óptimo para descobrir novos artistas.
J- Por um lado tornou-se prático para se ouvir e também para descobrir novas músicas, mas como já tenho alguns anitos e ainda sou do tempo de comprar e comprar cd´s...

Qual o disco da vossa vida?
GH- O meu disco predilecto é o “Tragic Kingdom” de No Doubt.
J- “SMASH”- OFFSPRING

Qual o último disco que vos deixou maravilhados?
GH- Maravilhado é uma coisa muito forte, mas acho que foi o “Wasting Light” de Foo Fighters.
J- Não me recordo bem, talvez o “Mechanical Animals” – MARILYN MANSON

O que andam a ouvir de momento/Qual a vossa mais recente descoberta musical?
GH- De momento voltei a ouvir um álbum que oiço de vez em quando. O “Rum & Coke” de Dub Pistols. É um álbum que não farta e… é Verão! Quanto a uma descoberta recente, nada de muito especial.
J- Rebelution

Qual a situação mais embaraçosa que já vos aconteceu num concerto?
GH- Nunca aconteceu assim nada de especial que fosse muito embaraçoso. A não ser o som ir todo abaixo a meio de uma música. Houve também uma vez que tocámos no Enterro do Caloiro em Aveiro a abrir para Natiruts. Levei uma garrafa cheia de água e outra com whiskey, e quando cheguei ao palco e ligaram as luzes para o público, fiquei tão nervoso que me enganei e bebi a garrafa de pénalti de whiskey quando queria beber a de água. Não me lembro de mais nada. Mas acho que foi um bom concerto!
J- Não me lembrar da atuação..

Que músico/banda já vos desiludiu a nível musical/ou em concerto ao vivo?
GH- Deftones. Ia com muita expectativa e curto-os muito mas vi-os em concerto e acho que o Chino Moreno estava com um problema qualquer. Tocaram meia hora e foram-se embora. Nem encore fizeram.
J- Guano Apes

Com que músico gostariam de efectuar um dueto/parceria?
GH- Curtia fazer um dueto com a Gwen Stefani ou uma pareceria com os No Doubt, mas na era em que eles estavam numa onda rock/reggae/ska. Tipo 1994!
J- Gentleman

Para quem gostariam de abrir um concerto?
GH- Para os Sublime! (embora isso já não seja possível) ou para No Doubt!
J- Rebelution

Em que palco (nacional ou internacional) gostariam um dia de actuar?
GH- Já estivemos no Avante, mas não foi no palco principal… Talvez nesse!
J- Em todos.

Qual o melhor concerto a que já assistiram?
GH- Já vi muitos mas um dos que mais gostei de ver foi Mad Caddies.
J- NOFX

Que artista ou banda gostavam de ver ao vivo e ainda não tiveram oportunidade?
GH- Sei que já estou a insistir muito no mesmo nome. Mas eu arrancava um dedo se fosse preciso para ver um concerto de No Doubt. (Mas um dedo do pé).
J- Tantas e tantas…

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de terem nascido) em que gostavam de ter estado presentes?
GH- Gostava de ter estado presente no concerto de Pink Floyd em que eles gravaram o álbum ao vivo em 1994 “Pulse”, Londres.
J- Nirvana aqui em Portugal em 1994.

Qual o vosso guilty pleasure musical?
GH- Natasha Bedingfield, gosto bué das malhas dela, que é que tem?

Projectos para o futuro?
GH- O céu é o limite! É o que vier! Sou um oferecido! Até à lua ia tocar se nos convidassem!
J- Ir a estúdio e pisar o maior número de palcos possíveis.

Que pergunta gostariam que vos fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta.
GH- Exactamente essa. Gostei da preocupação.
J- São felizes a fazer música nos Soul Brothers Empire? Sem dúvida!!!

Que música gostariam que tocasse no vosso funeral?
GH- Funeral? A vida acaba?
J- Soul Brothers.

Obrigado  pela disponibilidade, boa sorte para o futuro.

Este ano preparam-se para editar novo EP, que sucederá ao debut Creation, por enquanto ficamos ao som do tema "Nothing More", que conta com a colaboração especial de Rita Pim.

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