quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Conversas d'Ouvido com Vira Casaca

Os Vira Casaca são os mais recentes convidados das "Conversas d'Ouvido". O quarteto ribatejano editou recentemente o disco Rancho da Santa Fé, altura ideal para uma conversa descontraída. Falamos de Diabo na Cruz, The Beatles, Mastodon e até de Rick Astley, mas acima de tudo ficamos a conhecer melhor os Vira Casaca...


Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Vira Casaca: Desde pequenos sempre ouvimos muita música, mais tarde surgiu o interesse de aprender a tocar um instrumento musical. A partir daí nunca mais largamos o vício.

Como surgiu o nome Vira Casaca?
Vira Casaca é um expressão bem portuguesa e achamos que espelhava bem certas mensagens que queríamos colocar nas músicas. Para além de uma expressão tipicamente portuguesa é também um comportamento tipicamente português, deste modo concluímos que iriamos estar sempre actuais!

Conseguem explicar-nos como se desenvolve o vosso processo criativo?
As músicas costumam vir trabalhadas de casa, mais propriamente com uma base de guitarra e voz. No ensaio desenvolve-se o processo criativo do arranjo do tema: Distribuição das partes pelos instrumentos, definição da estética, aperfeiçoamento das letras, definição de melodias etc. Gravamos, ouvimos, corrigimos e andamos neste processo até estarmos satisfeitos com o produto final.

Como descreveriam o vosso estilo musical?
Rock Ribatejano.

Preparam-se para editar o vosso primeiro disco “Rancho de Santa Fé”, o que podemos esperar?
Um disco com toda autenticidade e genuinidade que caracteriza os Vira Casaca! Tentámos espelhar aquilo que a banda é, e procura transmitir, ao vivo.

Para além da música, t que tocasse no vossomavamstiram que tocasse no teusosavas ariasêm mais alguma grande paixão?
Comer bem, beber bem ! Somos 4 homens tipicamente portugueses!

Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
A maior vantagem é, sem dúvida, poder fazer aquilo que se gosta e conseguir chegar aos outros com o nosso trabalho. Poder estar em palco a tocar para alguém é aquilo que mais nos motiva a trabalhar mais e mais. Por outro lado, a maior desvantagem acaba por ser  o tempo que se passa longe de casa, dos amigos, da família. Mas isso faz parte, com jeitinho tudo se arranja!

Quais as vossas maiores influências musicais?
No que diz respeito à música, tentamos diversificar o mais possível naquilo que ouvimos, o que faz com que tenhamos um amplo leque de influências. São várias as nossas influências, desde rock mais pesado à música clássica. No entanto, acreditamos que as influências que marcaram mais o projecto na sua fase inicial foram bandas como os Diabo na Cruz, B Fachada, Pontos Negros, Os Golpes, Jorge Palma, Sérgio Godinho, Fausto, Arctic Monkeys, The Strokes, Black Sabbath, Iron Maiden, Megadeth, Beatles, entre outras!

Como preferem ouvir música? CD, Vinil, K-7, Streaming, leitor mp3?
CD e Streaming.

O streaming está a “matar” ou a “salvar” a música?
Por um lado o streaming permite que exista uma enorme quantidade de música disponível. Isso é óptimo, tanto para bandas grandes como outras mais pequenas. No entanto, também tem o seu lado negativo. Aceder aos trabalhos dos músicos acaba por se tornar algo de extrema facilidade. Isso leva a que as pessoas, por vezes, não valorizem o trabalho de um músico e o conceito de arte no geral.  

Qual o disco da vossa vida?
São vários: "Dark Side of the Moon" dos Pink Floyd, "Appetite for Destruction" dos Guns'n'Roses, "Abbey Road" e "Sgt. pepper's lonely hearts club band" dos Beatles, entre outros…

Qual o último disco que vos deixou maravilhados?
“Crack the Skye” dos Mastodon

O que andam a ouvir de momento/Qual a vossa mais recente descoberta musical?
Último álbum de Red Hot Chili Peppers, King Gizzard and The Lizard Wizard, Type O’ Negative, The Winery Dogs…

Qual a situação mais embaraçosa que já vos aconteceu num concerto?
Uma vez no Alentejo estávamos a tocar nas festas de uma aldeia chamada Velada e na hora em que foi servido o arroz doce, momento solenemente anunciado ao microfone pela organização, perdemos todo o público que tínhamos (Atenção! Estamos a falar de umas 200 pessoas). A partir deste episódio surgiu a música “Arroz Doce” que se encontra no nosso disco!

Que músico/banda já vos desiludiu a nível musical/ou em concerto ao vivo?
Ghost… ao vivo no Graspop Metal Meeting.

Com que músico gostariam de efetuar um dueto/parceria?
Jorge Cruz!

Para quem gostariam de abrir um concerto?
Para a maior banda de rock português: Xutos&Pontapés! 

Em que palco (nacional ou internacional) gostariam um dia de atuar?
Não temos nenhum em particular, felizmente já tivemos a oportunidade de tocar tanto em palcos grandes como em palcos mais pequenos. Temos um enorme gosto em estar em qualquer palco! Para nós é um privilégio poder atuar para o público. Como banda vivemos para isso!

Qual o melhor concerto a que já assististiram?
Foram vários: Roger Waters – The Wall, Megadeth, Slash, Slayer, Black Sabbath, Diabo na Cruz no Arraial do Técnico (este concerto foi mágico!).

Que artista ou banda gostavam de ver ao vivo e ainda não tiveram oportunidade?
Mastodon.

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de terem nascido) em que gostariam de terem estado presentes?
Qualquer um de Queen, Guns'n'Roses, Nirvana, Dire Straits.

Qual o vosso guilty pleasure musical?
“Never Gonna Give You Up” do Rick Astley.

Projectos para o futuro?
Fazer novas músicas, gravar mais discos! Já começamos a preparar o nosso próximo disco!

Que pergunta gostariam que vos fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta.
“Como é que uma banda do Ribatejo conseguiu chegar até aqui?!” e a resposta seria: “ Foi tudo uma questão de sexappeeal! ”

Que música gostariam que tocasse no vosso funeral?
“The End” dos Beatles

Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.
Obrigado nós! Continuação de um bom trabalho! :)

Terminamos ao som do single "Amor Não é Tentação"

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