quarta-feira, 12 de junho de 2019

Conversas d'Ouvido com CineMuerte

Entrevista com os CineMuerte, pela voz da vocalista Sophia Vieira. Quarteto lisboeta de rock alternativo composto ainda por João Vaz (baixo, samples), Sérgio Lopo (bateria) e Fred Gonçalves (guitarra). Formados em 2002, lançaram em 2006 o debut "Born from Ashes". Em mais de uma década de carreira, já partilharam o palco com nomes como HIM, My Chemical Romance, Korn e Moonspell, entre tantos outros. Este ano, o quarto disco "O Refúgio", viu a luz do dia e transportou-os directamente para esta edição das "Conversas d'Ouvido"...


Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Sophia Vieira: A Madonna foi a culpada disto tudo. E a sua virgindade também.

Como surgiu o nome Cinemuerte?
O João eu eu começámos a compôr o nosso primeiro álbum ainda como duo e sem nome de banda. Ficámos de procurar cada um para seu lado. Recordo-me bem desse dia. O João fez uma pesquisa e encontrou um nome bem sonante e que de certa forma tinha a ver com o nosso gosto pelo Cinema. Cinemuerte é um festival de cinema de terror em Vancouver. Já não existe. Não sou fã do género, mas o nome parece ter tomado conta de nós. O Festival entretanto não existe. Nós sim. O que dá um jeitão porque nos iríamos tramar mais cedo ou mais tarde se houvesse conflito.
Cinemuerte - "O Refúgio"
Editaram recentemente o disco “O Refúgio”, para quem ainda não ouviu o que podemos esperar?
O Refúgio” para mim, é sem dúvida um disco bastante profundo e multifacetado. Não sei explicar o sentimento: é muito mais do que um disco, é muito mais do que 10 canções. É muito mais do que se pode esperar. Tem um efeito “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. E depois, quando se entranha, vai calcificando por dentro.

Quais as tuas maiores influências musicais?
Tenho imensas.

Para além da música, tens mais alguma grande paixão?
O Cinema. A dinâmica é muito idêntica à da música.

Qual o disco da tua vida?
Será mais fácil responder se me perguntarem qual o disco de cada fase da tua vida? Tive imensos. Tudo segmentado. Posso dar exemplos: a fase do "In Absentia" dos Porcupine Tree, "The Silent Enigma" dos Anathema, o "Antics" de Interpol, "Coral Fang" dos The Distillers. Todos eles existiram, em determinadas fases da minha vida e acompanharam-me. Bem, um álbum é um animal de estimação.

Qual o último disco que te deixou maravilhada?
O último do Steven Wilson.

Qual a tua mais recente descoberta musical?
Charles Esten.

Qual a situação mais embaraçosa que já te aconteceu num concerto?
Um tipo subir ao palco e baixar o conjunto “calças-cuecas”.

Com que músico/banda gostarias de efectuar um dueto/parceria?
Steven Wilson

Qual o melhor concerto a que já assististe?
Massive attack (o primeiro em Portugal) e Prodigy.
Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?
Kiss ou Stevie Nicks.

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de teres nascido) em que gostarias de ter estado presente?
Nirvana no Dramático de Cascais em 1994.

Tens algum guilty pleasure musical?
Ser fã incondicional de George Michael. 

Projectos para o futuro?
Tocar até morrer, se Deus quiser.

Que pergunta gostarias que te fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta?
Esses rumores acerca de ti que andam na boca do mundo, são mesmo verdade? Sim, são.

Que música de outro artista, gostariam que tivesse sido composta por vocês?
Nothing Really Ends” dos belgas Deus.

Que música gostarias que tocasse no teu funeral?
Bem, se a banda sonora da minha vida, foi Cinemuerte, tens a resposta. Fi-lo com todo o meu amor e dedicação. Se é para celebrar a partida, é para celebrar. Façam-no com toda a alegria. Uma vida é um milagre do seu princípio ao seu fim.

Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.
Um forte abraço nosso. Nós é que agradecemos a escuta.

Antes de terminarmos, apresentamos o mais recente single dos Cinemuerte  "Me, Myself and I"...

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