segunda-feira, 8 de junho de 2015

Nos Primavera Sound 2015 (1.º Dia - 4 de Junho)


Chegou ao fim mais uma edição do Nos Primavera Sound, este ano o festival decorreu nos dias 4, 5 e 6 de Junho, segundo a organização foi batido o recorde de assistência, pelo recinto passaram mais de 77 mil pessoas, durante os três dias, o mais concorrido foi o segundo, muito provavelmente pelo concerto de Patti Smith. Como não podia deixar de ser o ouvido alternativo esteve presente e conta-lhe tudo, saiba quais os melhores concertos a que assistimos. Voltamos a referir que tal como qualquer festivaleiro, o ouvido alternativo teve que fazer escolhas, não sendo possível devido às sobreposições de horários assistir a todos os concertos que gostaríamos. Ficamos com a "reportagem do primeiro dia".
Cinerama (17:55, palco Nos) - banda inglesa de indie pop, contaram com pouco público, no entanto afirmaram ser divertido tocar a meio do dia, concerto não deslumbrante mas empenhado e com uma sonoridade agradável, adequada à hora do dia, de referir que é a terceira visita a Portugal, tendo tocado sempre no Porto.


Mikal Cronin (18:50, palco Super Bock) - cantor e compositor americano de indie-rock, protagonizou o primeiro concerto digno de registo neste Primavera Sound, entusiasmo, muito empenho e o público em perfeita sintonia.



Mac DeMarco (20:00, palco Nos) - singer-songwriter canadiano, editou no ano passado um dos melhores discos do ano, Salad Days, apresentou-se no Porto divertido, irreverente e energético. Porto!Porto!Porto!, interagia com o público, protagonizou um concerto que ficará na memória e que teve desde stage diving até um final de concerto com nádegas expostas perante uma plateia entusiasmada. À mesma hora Patti Smith era recebida de forma calorosa no palco Pitchfork, para um concerto acústico ao qual o ouvido alternativo não assistiu, no entanto o encontro com a lenda viva está marcado para o segundo dia do festival, no qual subirá ao palco principal.


FKA Twigs (21:10, palco Super Bock) - um dos concertos mais aguardados de todo o festival e um dos poucos nomes presentes na edição do Porto e que não estiveram no vizinho Primavera Sound Barcelona. Tahliah Barnett, estreou-se nos LP's em 2014 com LP1 que obteve o título de melhor álbum do ano para diversas publicações musicais, este concerto marcou a estreia em Portugal, foi recebida com euforia por alguns fãs mais acérrimos, cantou, dançou, espalhou sensualidade e encantou. O momento alto foi "Two Weeks", single que tem rodado com regularidade em algumas rádios especializadas, concluímos que foi um bom concerto, no entanto não foi deslumbrante não terá conquistado os mais cépticos mas não defraudou em nada quem já estava há muito conquistado por ela.


Interpol (22:20, palco Nos) - a banda liderada por Paul Banks era um dos cabeças de cartaz, no entanto não conseguiram conquistar o público que se reuniu em grande número junto ao palco principal, mostrando-se desconhecedor de grande parte da obra musical da banda americana de indie rock. Após diversos concertos em Portugal, ficou mais uma vez comprovado que os seus concertos resultam muito melhor em sala fechada, porque não deixa de ser um concerto intimista e introspectivo apesar de todos os singles "orelhudos" que lhes conhecemos. A setlist percorreu alguns dos seus maiores êxitos, os pontos altos ficaram a cargo de "Slow Hands" e "All The Rage Back Home". Será que foi um mau concerto? Não de todo, os Interpol não sabem dar maus concertos, foi um excelente concerto até porque são todos excelentes músicos, não conseguiram a resposta efusiva por parte de todo o público presente mas não desiludiram os fãs.


Caribou (01:10, palco Nos), o compositor canadiano de seu verdadeiro nome Daniel Snaith, encerrou o palco principal com um concerto mediano, que só a espaços conseguiu por o público a dançar, nota-se alguma incoerência nas suas músicas, se algumas são monótonas e pouco entusiasmantes, outras há em que é difícil ficar parado, como seria de esperar os momentos altos foram "Odessa" e  "Can't do Without You".

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