terça-feira, 19 de junho de 2018

Conversas d'Ouvido com Moonshiners

Entrevista com os Moonshiners, banda que surgiu no ano de 2012 em Aveiro. Trio composto por Gamblin' Sam (voz e harmónica), Susie Filipe (bateria) e Vítor Hugo (voz, guitarra). Dirigindo um Cadillac descapotável, percorrem as estradas sinuosas do blues, aceleram num irrequieto rock e suavizam com a brisa do folk. 2013, assinala o lançamento do EP homónimo de estreia, em 2015 chegou o segundo EP, que conta com a participação do Homem-Tigre Paulo Furtado. Após actuarem em alguns dos mais importantes palcos Europeus, como o Festival Eurosonic, editaram no início deste ano o aguardado debut. Já não era sem tempo, mas finalmente estreiam-se no Ouvido Alternativo, para uma descontraída conversa sobre influências, discos de uma vida e projectos futuros, tudo girando à volta do que realmente nos interessa, A Música...

Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Moonshiners: Não sabemos bem responder a essa pergunta. Talvez já tenha nascido connosco.

Como surgiu o nome Moonshiners?
O nome Moonshiners aparece quase instantaneamente porque, de alguma maneira, estávamos a fazer música numa garagem bem escondidos do sol e a gostar da “ressaca”. Vemo-nos como viajados saltimbancos, traficando melodias e contrabandeando emoções.

Com pouco mais de seis anos de existência, já colaboraram com The Legendary Tigerman, já actuaram em alguns festivais internacionais de renome, olhando para trás se em 2012, vos dissessem que isto iria acontecer teriam acreditado?
Estamos muito gratos a todas as pessoas e lugares que nos têm recebido tão bem e inspirado tanto, permitindo a continuação desta aventura chamada “Moonshiners”. No entanto, não criamos grandes expectativas em relação ao futuro enquanto banda, fazemos o nosso caminho caminhando. Apanhamos as pedras, mas não sonhamos com castelos. 
Moonshiners - "Prohibition Edition"
Editaram este ano o vosso primeiro LP, “Prohibition Edition”, no qual se aventuram a cantar em português, é uma experiência para repetir?
Só o futuro o dirá.

Como gostam de descrever o vosso estilo musical?
Algures entre o Blues, o Folk e o Rock n' Roll.

Para além da música, têm mais alguma grande paixão?
Cozinha, gostamos todos de inventar.

Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
A maior vantagem é fazer o que gostas com as pessoas de quem gostas. O tempo longe da família será talvez a única coisa menos positiva.

Quais as vossas maiores influências musicais?
Muitas, muitas, desde a Amália aos Zeppelin. Somos 3 e ainda contamos com a participação de outros músicos que engrandecem as nossas canções. Como vimos todos de habitats musicais diferentes, o nosso leque de influências acaba por ser muito vasto e difuso. Basicamente, seguimos muito a nossa intuição. 

Como preferem ouvir música? Cd, vinil, k-7, streaming, leitor mp3?
Vinil, sem dúvida.

Qual o disco da vossa vida?
Um dó li tá: “Highway 61 Revisited”, Bob Dylan

Qual o último disco que vos deixou maravilhados?
Recomeçar”, Tim Bernardes.

O que andam a ouvir de momento/Qual a vossa mais recente descoberta musical?
O Liniker e os Caramelows.

Qual a situação mais embaraçosa que já vos aconteceu num concerto?
Tropeçar em palco.

Com que músico/banda gostariam de efectuar um dueto/parceria?
Dolly Parton.

Para quem gostariam de abrir um concerto?
Para o Buddy Guy, seria incrível.
Em que palco (nacional ou internacional) gostariam um dia de actuar?
Nenhum em particular, todos em geral. Acima de tudo, queremos é tocar.

Qual o melhor concerto a que já assistiram?
Leonard Cohen.

Que artista ou banda gostavam de ver ao vivo e ainda não tiveram oportunidade?
Childish Gambino.

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de terem nascido) em que gostariam de terem estado presentes?
Janis Joplin no Woodstock 69.

Têm algum guilty pleasure musical?
Todos.

Projectos para o futuro?
Tocar, tocar, tocar… e tocar outra vez.

Que pergunta gostariam que vos fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta.
Onde estão agora? Estamos em Amesterdão a admirar rio Amstel.

Que música de outro artista, gostariam que tivesse sido composta por vocês?
Invitation to the Blues” do Tom Waits.

Que música gostariam que tocasse no vosso funeral?
Music is Lethal” do Andy Sex Gang.

Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.
Obrigado nós, boa sorte para o Ouvido Alternativo, Cumprimentos, Moonshiners


Antes de terminarmos, ficamos ao som do LP de estreia "Prohibition Edition", que se encontra disponível para escuta, através da plataforma Bandcamp. 

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