sexta-feira, 3 de março de 2017

Conversas d'Ouvido com Foque

Estivemos à conversa com Foque, projecto do músico e produtor portuense Luís Leitão. Foque, percorre os diversos trilhos da electrónica, e prepara-se para editar o seu EP de estreia, CABUM, com lançamento previsto para dia 6 de Março. Antes do EP ver a luz do dia o Ouvido Alternativo foi conhecê-lo um pouco melhor na mais recente edição das "Conversas d'Ouvido"...



Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Foque: A paixão pela música surge de uma maneira muito encoberta e demorada. Começa discretamente com as longas horas de música clássica passada e tocada em casa. Com um irmão galardoado "Jovens Músicos", seria complicado não criar uma empatia e uma curiosidade por todo este mundo.

Como surgiu o nome Foque?
O nome f o q u e surge a partir de vários trocadilhos e quase de uma lógica conceptual. O trocadilho com o inglês “fuck”, a conjugação verbal do verbo “focar” e o significado de focar tudo num sítio. O conceito do projeto nasce quando me apercebo que necessito de um sítio/nome para onde possa direcionar todo o meu trabalho na área do som, tanto como músico, como produtor, como músico de cena/sonoplasta.

Como gostas de descrever o vosso estilo musical?
É-me complicado de descrever. Posso dizer que num sentido muito abrangente situo-me pela electrónica. Mas cada novo trabalho explora cantos, sítios diferentes do espectro dessa dita electrónica.

Preparas-te para editar o primeiro EP “CABUM”, já podes levantar um pouco véu, sobre o que podemos esperar?
Podemos esperar acima de tudo um trabalho que encaro como um marco. Após me ocorrer muitas vezes aquela velha máxima do “eu também consigo fazer “isto”” chegou a altura de realmente o fazer e que melhor maneira de começar do que com um (ca)bum!

Para além da música, tens mais alguma grande paixão?
Sim, o teatro, área onde estudei durante 4 anos.

Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
Ainda não tenho resposta para esta pergunta, preciso de mais 10 anos nesta vida.

Quais as tuas maiores influências musicais?
Pink Floyd, Radiohead, B Fachada, Snarky Puppy, Fausto Bordalo Dias, José Mário Branco, Nicholas Jaar, James Blake, entre muitos outros.

Como preferes ouvir música? CD, Vinil, K-7, Streaming, leitor mp3?
Leitor de mp3.

O streaming está a “matar” ou a “salvar” a música?
Nem uma nem outra, está simplesmente a dar uma nova forma de se fazerem coisas.

Qual o disco da tua vida?
Dark Side of The Moon.

Qual o último disco que te deixou maravilhado?
Anderson .Paak, Malibu

O que andas a ouvir de momento/Qual a tua mais recente descoberta musical?
Anderson .Paak, Run The Jewels, Childish Gambino.

Qual a situação mais embaraçosa que já te aconteceu num concerto?
Fazer um encore num concerto do palco principal da Queima das Fitas de Coimbra e mal entramos em palco (Baixo Soldado) só conseguíamos ouvir as fãs do Anselmo Ralph, quem ia tocar a seguir, a berrar por ele. Um encore falhado portanto.

Com que músico/banda gostarias de efectuar um dueto/parceria?
Gostaria de trabalhar com vários artístas, nacionais e internacionais. Gostaria muito de produzir/trabalhar com o Regula e Mike El Nite. Gostaria de colaborar com o Holly, de trabalhar com Kendrick Lamar ou Dr. Dre, entre muitos outros.

Para quem gostarias de abrir um concerto?
Radiohead.

Em que palco (nacional ou internacional) gostarias um dia de actuar?
Sónar e Boom.

Qual o melhor concerto a que já assististe?
Dos melhores, Radiohead NOS Alive 2016.

Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?
Kendrick Lamar, Nicholas Jaar.

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de teres nascido) em que gostarias de ter estado presente?
Não me lembro de nenhum.

Qual o teu guilty pleasure musical?
Drake.

Projectos para o futuro?
Entrarei na segunda semana de Março novamente em estúdio para novo trabalho. Ainda não há data de apresentação mas será dos trabalhos mais completos que fiz até hoje!

Que pergunta gostarias que te fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta?
Gostava que me perguntassem porque é que realmente faço música! Por genuína libertação!

Que música gostarias que tocasse no teu funeral?
"The Great Gig in the Sky", para haver a catarse e a despedida, mas logo de seguida queria desde Gogol Bordello a Vini Vici, que se faça a festa.

Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.

Terminamos ao som de foque e do seu single "Yes, Sir!

Sem comentários:

Enviar um comentário