Ed Curtis, cantor e compositor chileno é o mais recente convidado das "Conversas d'Ouvido". Editou em 2015 o EP, Watching You Go, actualmente prepara-se para lançar o seu disco de estreia e planeia uma digressão europeia com passagem por Portugal. Antes de aterrar no nosso país, fomos conhecê-lo um pouco melhor e descobrimos um músico apaixonado por Jeff Buckley e pelo indie folk dos Travis. Além da música, adora viajar e conhecer novas culturas, no entanto há muito mais para descobrir sobre Ed Curtis na entrevista que se segue...
Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Ed Curtis: Comecei a tocar guitarra por volta dos 8-9 anos de idade, porque encontrei uma que pertencia à minha irmã mais velha. Mas em casa a música sempre foi importante: tínhamos uma grande colecção de vinis, a minha mãe cantava e a minha avó tocava guitarra também.
Como gostas de descrever o teu estilo musical?
Poderia dizer que é indie rock/pop/folk, mas numa direcção de soft rock.
Para além da música, tens mais alguma grande paixão?
Adoro viajar e descobrir outros lugares, culturas e línguas. Também gosto de desporto. Costumava jogar rugby, mas já não jogo actualmente, apenas vejo na TV na companhia de umas cervejas.
Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
A maior vantagem é que te podes expressar, criar e ligar-te com outras pessoas ao mesmo tempo, e até certo ponto consegues ver o mundo de forma diferente. Por outro lado, a maior desvantagem é definitivamente o facto das pessoas pensarem que a música é só um hobby, e claro que existem imensas coisas que elas não vêem. Talvez seja por causa dos estereótipos em relação aos músicos... mas é um trabalho duro no sentido em que mesmo que te esforces arduamente, ninguém pode garantir os resultados certos.
Quais as tuas maiores influências musicais?
Definitivamente Jeff Buckley. Não só por culpa da música, mas também porque é um dos grandes artistas dos anos 90.
Como preferes ouvir música? CD, Vinil, K-7, Streaming, leitor mp3?
Prefiro ouvir música a partir de CDs, mas o vinil tem algo de particular no seu som.
O streaming está a “matar” ou a “salvar” a música?
Acho que está mais a salvar, se for usada como uma ferramenta para espalhar a tua música e alcançar uma plateia mais vasta. Afinal de contas, até para os Beatles, acho que eles faziam a maior parte do dinheiro através dos concertos e não a partir da venda de álbuns.
Qual o disco da tua vida?
Grace, de Jeff Buckley.
Qual o último disco que te deixou maravilhado?
Não tenho a certeza, talvez o último dos Tame Impala.
O que andas a ouvir de momento/Qual a tua mais recente descoberta musical?
Sketches for My Sweetheart the Drunk, de Jeff Buckley J
Qual a situação mais embaraçosa que já te aconteceu num concerto?
Felizmente nada de realmente embaraçoso até agora.
Com que músico/banda gostarias de efectuar um dueto/parceria?
Fran Healy dos Travis.
Para quem gostarias de abrir um concerto?
Travis ou Keane.
Em que palco (nacional ou internacional) gostarias um dia de actuar?
Em Glastonbury.
Qual o melhor concerto a que já assististe?
Um do Morrissey.
Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?
Os Muse.
Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de teres nascido) em que gostarias de ter estado presente?
No de Jeff Buckley em Glastonbury (1995).
Qual o teu guilty pleasure musical?
“Bad Romance” da Lady Gaga.
Projectos para o futuro?
Estou a gravar o meu álbum e a planear uma tour europeia para este Verão. Estamos a considerar visitar Espanha, Portugal, Reino Unido e Alemanha.
Que pergunta gostarias que te fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta.
Porque é que cantas em inglês? (risos)
Bem, as línguas são como qualquer outro instrumento. Existe uma diferente fonética para cada uma e para as minhas melodias, o inglês assenta melhor.
Que música gostarias que tocasse no teu funeral?
Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.
Terminamos ao som de Ed Curtis e do single "Watching You Go".
Terminamos ao som de Ed Curtis e do single "Watching You Go".
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