O Gajo, regressa ao Ouvido Alternativo, para nos "falar de música". Um Gajo de seu nome João Morais, um gajo que escolheu a viola campaniça para expor a sua música. Durante 2019, irá editar quatro Ep's ("As 4 Estações d'O Gajo"), depois de "Rossio", será a vez de "Santa Apolónia". O tema "Cacilheiro", é o single de apesentação deste novo EP e é apresentado ao pormenor nas linhas que se seguem...
Música:
As primeiras ideias para uma música surgem sempre a partir de improvisações. Tenho sempre à mão um gravador e quando, num determinado momento capto uma melodia ou um balanço que gosto, gravo para não me esquecer. É a partir daí que procuro um tema para a música que me seja sugerido por esse primeiro improviso. Algo que a partir desse momento me oriente no resto da composição. Gosto de criar narrativas como quem conta uma história. Neste caso, a lentidão da linha de viola que tinha feito transportou-me para umas travessias do Rio Tejo que faço com alguma regularidade a bordo do velho Cacilheiro. O Cacilheiro é um barco antigo e lento. Obriga-nos a desacelerar. Numa altura em que parece que temos sempre pressa para tudo, o Cacilheiro mereceu esta homenagem musical. A viagem dura 20 minutos e nesse espaço de tempo podemos observar a paisagem, as pessoas ou simplesmente a proa do barco a romper a água. Cada olhar é uma sensação e a música cresce e decresce com estas nuances. Se o barco for cheio, a chegada ao destino acontece como quando se abre uma torneira de pessoas e esse é o momento intenso do final da música.
Vídeo:
Em 2012 gravei um Videoclip para outro projecto que tinha (os GAZUA) onde decidi criar umas marionetas e um palco para recriar um concerto. A ideia funcionou tão bem que tive pena de não voltar a utilizar esses bonecos. Este ano quando estava à procura de ideias para o Videoclipe do tema “Cacilheiro” pensei que seria altura de pegar nesta ideia antiga e contar a nova história. Assim sendo, a marioneta que me representa começa o vídeo a arrumar o material de GAZUA e a abrir a caixa da viola d’O GAJO, que é no fundo o que se passou na realidade. A partir daí criei um novo palco com alguns objectos que uso ao vivo e voltei a recriar uma apresentação ao vivo da música tentando ser o mais fiel possível ao que acontece nos concertos. Desde o candeeiro antigo, ao bombo tradicional até ao copo de vinho ou cerveja que tenho sempre à mão. Juntei uns amigos que gostaram da ideia e foi como passar uma tarde a brincar. O JP é fotógrafo e por ter o olho treinado e uma máquina porreira, ficou encarregue das captações. Eu fiquei com o braço direito e o pé do bombo, a Adriana Pardal ficou com o braço esquerdo e o pé da pandeireta e o Luís Carneiro ficou com a cabeça. Fizemos 8 takes da música até acharmos que tínhamos material suficiente para os 3 minutos de vídeo que seriam precisos.
As primeiras ideias para uma música surgem sempre a partir de improvisações. Tenho sempre à mão um gravador e quando, num determinado momento capto uma melodia ou um balanço que gosto, gravo para não me esquecer. É a partir daí que procuro um tema para a música que me seja sugerido por esse primeiro improviso. Algo que a partir desse momento me oriente no resto da composição. Gosto de criar narrativas como quem conta uma história. Neste caso, a lentidão da linha de viola que tinha feito transportou-me para umas travessias do Rio Tejo que faço com alguma regularidade a bordo do velho Cacilheiro. O Cacilheiro é um barco antigo e lento. Obriga-nos a desacelerar. Numa altura em que parece que temos sempre pressa para tudo, o Cacilheiro mereceu esta homenagem musical. A viagem dura 20 minutos e nesse espaço de tempo podemos observar a paisagem, as pessoas ou simplesmente a proa do barco a romper a água. Cada olhar é uma sensação e a música cresce e decresce com estas nuances. Se o barco for cheio, a chegada ao destino acontece como quando se abre uma torneira de pessoas e esse é o momento intenso do final da música.
Vídeo:
Em 2012 gravei um Videoclip para outro projecto que tinha (os GAZUA) onde decidi criar umas marionetas e um palco para recriar um concerto. A ideia funcionou tão bem que tive pena de não voltar a utilizar esses bonecos. Este ano quando estava à procura de ideias para o Videoclipe do tema “Cacilheiro” pensei que seria altura de pegar nesta ideia antiga e contar a nova história. Assim sendo, a marioneta que me representa começa o vídeo a arrumar o material de GAZUA e a abrir a caixa da viola d’O GAJO, que é no fundo o que se passou na realidade. A partir daí criei um novo palco com alguns objectos que uso ao vivo e voltei a recriar uma apresentação ao vivo da música tentando ser o mais fiel possível ao que acontece nos concertos. Desde o candeeiro antigo, ao bombo tradicional até ao copo de vinho ou cerveja que tenho sempre à mão. Juntei uns amigos que gostaram da ideia e foi como passar uma tarde a brincar. O JP é fotógrafo e por ter o olho treinado e uma máquina porreira, ficou encarregue das captações. Eu fiquei com o braço direito e o pé do bombo, a Adriana Pardal ficou com o braço esquerdo e o pé da pandeireta e o Luís Carneiro ficou com a cabeça. Fizemos 8 takes da música até acharmos que tínhamos material suficiente para os 3 minutos de vídeo que seriam precisos.
Eu e o JP tratámos da edição e não foi preciso qualquer tratamento de côr pois o aspecto da imagem deixou-nos logo muito satisfeitos.
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