Estivemos à "conversa" com Luís Clara Gomes, mais conhecido como Moullinex. Músico, DJ, Produtor e autor de um dos melhores álbuns de 2015 para o Ouvido Alternativo, Elsewhere. Ficou rendido ao último disco dos Capitão Fausto, actualmente anda a ouvir Kaytranada e gostaria de ter estado presente no Woodstock em 1969 a ver Santana, se querem saber mais, é só lerem a nova edição de "Conversas d'Ouvido"
Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Moullinex: Acho que a música, sobretudo electrónica, combina em partes iguais a expressão criativa e a abordagem “técnica” a uma tarefa, ambas tarefas que me agradam!
Como surgiu o nome Moullinex?
Surgiu da primeira remix que fiz, na qual utilizei um sample de uma picadora. Achei um bom nome na altura!
Para além da música, t ens mais alguma grande paixão?
A astronomia e ciência no geral.
Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
A maior vantagem é poderes fazer o teu horário e teres nas tuas mãos a tua carreira. E também é essa a maior desvantagem: o trabalho estende-se para todos os momentos, e és responsável por ti.
Quais as tuas maiores influências musicais?
O Funk e Soul do Stevie Wonder. A electrónica dos Daft Punk. A loucura de estúdio do George Clinton.
Como preferes ouvir música? CD, Vinil, K-7, Streaming, leitor mp3?
Ouvir em Streaming mas ter o disco em Vinil, porque quando tenho um carinho especial por uma banda ou artista, gosto de ter um objecto com o qual o associar.
O streaming está a “matar” ou a “salvar” a música?
Está a mudá-la. O maior problema é a ideia que há, que a música gravada não tem grande “valor” comercial. O público vai de bom grado ver o Star Wars ao cinema, pelo qual pagam 7€, mas não está disposto a pagar por um disco, que também teve custos elevados a produzir, em alguns casos, quando este está disponível em streaming.
Qual o disco da tua vida?
Innervisions, do Stevie Wonder.
Qual o último disco que te deixou maravilhado?
O último álbum de Capitão Fausto, que foi um salto gigante desde o que faziam antes.
O que andas a ouvir de momento/Qual a tua mais recente descoberta musical?
Ando a ouvir o 99.9% do Kaytranada, um álbum muito, muito bom.
Qual a situação mais embaraçosa que já te aconteceu num concerto?
O computador crashar no meio do concerto. Ficou o palco em silêncio durante alguns segundos. Desde então, acabaram os computadores em palco.
Com que músico gostarias de efectuar um dueto/parceria?
Com o Anderson .Paak, por gostar muito da sua voz e “groove” na bateria
Para quem gostarias de abrir um concerto?
Para o Stevie Wonder!
Em que palco (nacional ou internacional) gostarias um dia de actuar?
Em Portugal já actuei no Coliseu, o palco que mais sonhei pisar cá. Fora, gostava de fazer um concerto no Madison Square Garden, em Nova Iorque, um dia.
Qual o melhor concerto a que já assististe?
É muito difícil apontar um. Mas talvez LCD Soundsystem no Sudoeste, em 2005.
Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?
Daft Punk! Estava doente quando vieram cá em 2007.
Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de teres nascido) em que gostavas de ter estado presente?
Santana no Woodstock, em 1969!
Qual o teu guilty pleasure musical?
As baladas mais “azeiteiras” do Stevie Wonder. São incríveis.
Projectos para o futuro?
Um álbum novo em que estou a trabalhar. Um espectáculo de homenagem ao Prince no Super Bock Super Rock, e algo muito especial para Outubro...
Próximos concertos?
Amanhã no Vila Flor com os Throes+The Shine. Para a semana, em DJ set com o Xinobi no Plages Electroniques, na Caparica. Depois vou estar no Super Bock Super Rock com 2 concertos, um deles o de homenagem ao Prince, que referi antes.
Que música gostarias que tocasse no teu funeral?
Enquanto não nos chega o novo disco de Moullinex, ficamos ao som do tema que deu título ao brilhante disco de 2015 "Elsewhere"
Sem comentários:
Enviar um comentário