quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Conversas d'Ouvido com Walking Lights

Os Walking Lights, trio nacional que percorre os caminhos do indie-rock, editaram recentemente o seu EP de estreia, momento ideal para conversarem com o Ouvido Alternativo. Compostos por Djimi (voz, guitarra), Luís Gaspar (bateria) e João Telha (baixo), os Walking Lights, pela voz de Djimi, são os mais recentes convidados das Conversas d'Ouvido....

Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Naturalmente pelo facto de desde sempre os meus pais terem música a rodar em casa. Alternar entre singles e LP's era o passatempo diário.

Como surgiu o nome Walking Lights?
Quando comecei a procurar um nome para o projecto, estava  na mesma altura a acompanhar a série The Walking Dead e questionei-me: então e que nome damos aos que estão vivos? E que nome damos às pessoas de quem gostamos mais e que nos acompanham todos os dias – Walking Lights. E pareceu-me uma óptima forma de os descrever.

Como descrevem o vosso estilo musical?
A meio caminho entre o blues-rock e o indie-rock.

Editaram recentemente o vosso EP de estreia “Space to Breathe”, para quem ainda não o ouviu o que podem esperar?
Foi feito com muito amor e houve a máxima preocupação de ser directo: falar apenas daquilo que sabemos e conhecemos realmente.

Conseguem explicar-nos como se desenvolve o vosso processo criativo?
Muito caótico, com muito sofrimento e muita satisfação. Uma montanha russa. O smartphone tem ajudado muito na gestão da fase inicial do processo. O método de gravar qualquer ideia a qualquer momento tem sido muito útil para não se perder nada que possa ter valor. As melhores ideias têm surgido quase sempre de forma inesperada. Depois a fase de desenvolvimento de ideias começa a partir das 22h em frente ao mac com a guitarra ao lado e o teclado em frente e dura até haver energia.

Para além da música, t que tocasse no vossomavamstiram que tocasse no teusosavas ariasêm mais alguma grande paixão?
Ultimamente a cozinha tem-me dado um grande grau de satisfação também. Tenho que ler o livro do Queslove - "Something to food about".

Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
Não vejo desvantagens. É uma paixão permanente. Conhecer pessoas e fazer amigos através da música tem sido valioso também.

Quais as vossas maiores influências musicais?
Para este projecto as principais influências foram: Jack White, Feist, Kings of Leon, Vampire Weekend, Mumford and Sons

Como preferem ouvir música? CD, Vinil, K-7, Streaming, leitor mp3?
Sem preferência. Em casa – PC, no carro - mp3 ou CD.

O streaming está a “matar” ou a “salvar” a música?
A música não precisa de ser salva e resiste a tudo. Os hologramas perfeitos para substituir os músicos ao vivo ainda vão demorar umas boas dezenas de anos a chegar (risos).
Acho que há espaço para tudo e sim, cada um e/ou cada negócio tem que se adaptar.

Qual o disco da tua vida?
Jimi Hendrix – "Electric Ladyland"

Qual o último disco que te deixou maravilhado?
Vampire Weekend - "Modern Vampires of the City".

O que andam a ouvir de momento/Qual a vossa mais recente descoberta musical?
Gaelynn Lea.

Qual a situação mais embaraçosa que já vos aconteceu num concerto?
Começar a gaguejar na apresentação da banda.

Que músico/banda já te desiludiu a nível musical/ou em concerto ao vivo?
MGMT no Optimus Alive.

Com que músico gostariam de efectuar um dueto/parceria?
Feist

Para quem gostariam de abrir um concerto?
Jack White

Em que palco (nacional ou internacional) gostariam um dia de actuar?
O Coliseu de Lisboa.

Qual o melhor concerto a que já assististe?
O primeiro de Dave Matthews em Portugal, na altura no Pavilhão Atlântico, recorde guiness de encores.

Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?
Paul Simon.

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de teres nascido) em que gostarias de ter estado presente?
O Woodstock claro, era o que rodava mais lá em casa dos pais.

Qual o teu guilty pleasure musical?
Não consigo me sentir guilty com nada que ouço.

Projectos para o futuro?
Tocar em todo o lado em que nos queiram receber. Lançar um segundo vídeo/single do EP no primeiro trimestre de 2017 e lançar um segundo EP em Setembro/Outubro de 2017.

Que pergunta gostariam que vos fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta.
O que mudavam nas rádios portuguesas se pudessem? Kill the Playlists! (risos)

Que música gostarias que tocasse no teu funeral?


Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.

Relembramos que o primeiro Ep dos Walking Lights foi recentemente editado e encontra-se para escuta, através da plataforma Bandcamp.

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